O dia a dia na operação de qualquer empresa é permeado de fatos diversos, que podem configurar em oportunidades ou riscos. Destes, os riscos financeiros são um dos que causam mais preocupação.
Para evitar esse tipo de desgaste e operar de maneira tranquila e segura, empresas devem seguir uma “cartilha” de boas práticas, além de entender a fundo o que é um risco financeiro, quais seus tipos, causas e maneiras de abordagem.
Neste artigo, abordaremos todos esses fatores, de maneira a levar o leitor a um entendimento pleno do assunto para diminuir os riscos financeiros. Vamos juntos?
O que é um risco financeiro para a empresa?
Risco financeiro — no âmbito de pessoas jurídicas — é algo que toda empresa enfrenta quando procede com aporte de recursos em um determinado projeto.
Pode ser o desenvolvimento de um novo produto, uma campanha ou investimento em uma nova sede.
Em termos práticos, o risco financeiro se materializa na chance de que tais operações resultem em prejuízos para a empresa, por conta de uma série de possíveis acontecimentos, de diferentes ordens.
Quais são os tipos de riscos financeiros?
A seguir, veremos alguns dos principais tipos de riscos financeiros, o que tornará o conceito ainda mais claro.
Riscos de crédito
Crédito e parcelamento, enquanto modalidades de pagamento posterior e sob tutela da boa fé das pessoas, são muito populares no Brasil. O risco aqui é essencialmente estabelecido sob a possibilidade de não pagamento.
Riscos de liquidez
O risco financeiro de liquidez é o nível de dificuldade enfrentado pela organização para resgatar ativos caso precise convertê-los em dinheiro para que possa ser movimentado e utilizado imediatamente.
Riscos de mercado
Este é o mais generalista dos riscos e, como diz o nome, ocorre em função do mercado — ou melhor, da variação deste.
Preços, índices e a percepção de valor em geral sobre produtos, ativos e commodities podem aumentar ou diminuir segundo a oscilação do mercado de forma geral.
Qual é a importância de fazer a gestão de riscos financeiros?
Um dos principais motivos para se fazer uma boa gestão de riscos financeiros, no âmbito de uma organização, é evitar — ou pelo menos minimizar — a perda de dinheiro decorrente de operações e investimentos.
Minimizar e racionalizar essas perdas torna o processo eficiente — ou seja, retornos maiores e mais vantajosos frente a investimentos menores.
Para além do que nos parece mais óbvio (perdas e ganhos financeiros), a gestão de riscos financeiros se mostra uma ferramenta essencial na construção estratégica da empresa, pois estudos desse tipo fornecem dados que permitem compor cenários de mercado e tomar as decisões corretas.
Como identificar um risco financeiro?
O risco financeiro de uma operação não é algo que surge como uma força incontrolável da natureza, e sim um fator que existe em função de certas condições e comportamentos contextuais bastante identificáveis — e alguns deles bastante conhecidos do público. Por exemplo:
Câmbio, juros e inflação
Quando câmbio, juros e inflação, que são os principais indicadores do mercado, por terem grande variação, aumentam os riscos financeiros.
Isto ocorre principalmente porque tais percentuais atuam diretamente em operações financeiras comuns, como importação, compra de matéria-prima e outros investimentos comuns nas empresas.
Alavancagem em excesso
Alavancar um investimento significa, em linhas gerais, utilizar capital de terceiros para potencializar o aporte e poder gerar maiores ganhos. É uma estratégia muito utilizada em operações de trade, por exemplo.
Aqui os riscos financeiros são consideráveis, pois no caso de qualquer revés de mercado, o prejuízo é contabilizado a partir do total investido, contando alavancagem.
Índice de inadimplência
Trata-se de algo bastante comum em qualquer empresa, seja na forma de atrasos, renegociações ou simples não pagamento de dívidas.
Porém, apesar de ter sua existência esperada, a inadimplência em excesso tem o poder de gerar grande risco financeiro para qualquer negócio e, assim, causar prejuízos.
Quais as formas de controlar um risco financeiro?
Sabemos que os riscos financeiros existem, quais são seus tipos e como eles podem surgir e evoluir até causar danos reais a uma organização.
Agora, vamos entender um pouco de como podemos controlar esses riscos? A seguir, temos um passo a passo para você implantar em sua organização — claro, sempre adaptando à sua realidade.
Mapeamento dos riscos
Esta é a etapa do puro conhecimento. Quais são os riscos que atuam hoje em sua empresa? Em quais operações? De que tipo são esses riscos, e qual seu detalhamento?
Análise dos riscos e possíveis danos
Uma vez mapeados, os riscos passam para a mesa de análise. Aqui, cada cenário deve ser analisado em cruzamento com dados oriundos do mercado e da própria organização. A pergunta deve ser: vale a pena correr o risco financeiro?
Elaboração de um plano estratégico
Uma vez ciente dos riscos financeiros e de seu potencial de atuação e danos, é o momento de estabelecer ações estratégicas para mitigar os efeitos dos riscos. Acordos, operações e manobras podem ser utilizadas, tudo sendo previsto no planejamento financeiro da empresa.
Monitoramento dos resultados
Olho aberto! Afinal, muitos dos fatores envolvidos nos riscos financeiros são movimentados por forças externas e independentes. Ao ter sempre a ciência do que está acontecendo com os recursos da empresa, fica mais fácil tomar decisões para minimizar quaisquer situações desfavoráveis.
Como a tecnologia pode mitigar os riscos financeiros na empresa?
Não é nenhum segredo que a tecnologia hoje faz muito por nós, incluindo a automação de algumas tarefas repetitivas e cíclicas. Muitos setores de uma empresa ganham com isso, especialmente o financeiro.
Com as atividades do financeiro automatizadas, a equipe ganha tempo para realizar tarefas complexas e estratégicas, como a abordagem em riscos financeiros — algo que demanda bastante poder de análise e trabalho em cima de dados.
Além disso, ferramentas que automatizam atividades financeiras corriqueiras ajudam a reduzir a chance de erros humanos em todos os processos e a tomar decisões certeiras.
Exemplos de ferramentas que atuam dentro desse escopo são as plataformas inteligentes de análise de crédito (como o Assertiva Crédito Mix), que ajudam a diminuir a aprovação de vendas que podem ter impacto financeiro negativo no futuro.
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