Todo empresário tem consciência do significado da depreciação de máquinas e equipamentos para seus negócios. Mas nem todos sabem que devem contabilizar esses valores e integrá-los ao custo final do produto, sobretudo quando trabalham com a locação de equipamentos.
A perda de valor do bem adquirido, que pode ocorrer naturalmente por ação do tempo, da obsolescência, do próprio uso ou da ausência de manutenção preventiva regular, dentre outros fatores, deve integrar o modelo de negócio com o objetivo de garantir a sua sustentabilidade.
Assim, tão importante quanto conhecer o significado da depreciação de máquinas e equipamentos, é essencial também saber a forma de realizar esse cálculo. Isso também faz parte da gestão do seu negócio e é o que veremos nas linhas a seguir.
O que é depreciação de máquinas e equipamentos?
A depreciação de máquinas e equipamentos significa nada mais do que a sua desvalorização em razão do tempo, ou seja, é o desgaste inevitável sofrido pelo bem durante a sua vida útil.
Em uma empresa, a depreciação pode ser considerada ou como um custo ou como uma despesa. No primeiro caso, o bem é utilizado nas operações; já no segundo, o bem não se encaixa nessa condição, ou seja, o grande diferencial é a potencialidade de geração de receita.
Para os empresários que trabalham com bens depreciáveis, é essencial estar atento à regulamentação existente no artigo 57 da Lei 4.506/64. A referida lei trata das quotas de depreciação dedutíveis e as suas relações na apuração do imposto devido.
Importância da depreciação de máquinas e equipamentos
Conhecer o fator de depreciação de um bem é fundamental para que se possa aproveitar ao máximo o seu potencial durante a sua vida útil.
Além disso, pode-se compreender qual o momento correto de se realizar a troca do equipamento e estar preparado para isso. Quer dizer, faz toda a diferença na garantia da constância do seu negócio, sem gerar descapitalização surpresa.
Portanto, é importante a implementação de uma política de gestão por parte da empresa que foque na longevidade dos produtos.
Para isso, devem ser consideradas a obsolescência, as demandas do mercado e a depreciação ocorrida com a locação desses materiais.
Dessa forma, no decorrer dos anos, será possível manter o capital total equivalente desses equipamentos e usufruir de uma frota bem conservada. Além disso, evita-se que o empresário necessite injetar mais dinheiro no negócio para realizar a renovação desses bens.
[forminator_form id=”15790″]
Como fazer cálculo da taxa de depreciação de máquinas e equipamentos?
O cálculo da taxa anual de depreciação de máquinas e equipamentos deve levar em conta alguns valores estabelecidos em Instrução Normativa expedida pela Receita Federal por meio de uma tabela. Abaixo, você pode conferir alguns exemplos dessa tabela:
BENS DEPRECIÁVEIS | TAXA ANUAL DE DEPRECIAÇÃO (%) | ANOS DE VIDA ÚTIL |
Edifícios | 4% | 25 anos |
Instalações | 10% | 10 anos |
Móveis e utensílios | 10% | 10 anos |
Veículos | 20% | 5 anos |
Computadores e periféricos | 20% | 5 anos |
Empilhadeiras; outros veículos para movimentação de cargas e semelhantes, equipados com dispositivo de elevação | 10% | 10 anos |
Veículos automóveis para transporte de mercadorias | 25% | 4 anos |
É importante destacar que, como se vê da tabela acima, o fator tempo é decisivo quando o assunto é depreciação do bem. A tabela completa pode ser conferida clicando aqui.
O meio mais comum para se realizar o cálculo da taxa de depreciação é pelo método linear, representado por meio da fórmula DA = (VN-VR) ÷ N, sendo que:
DA = depreciação anual
VN = valor novo (do equipamento novo)
VR = valor residual (valor que você espera por ela no final de sua vida útil)
N = vida útil (em anos)
Como o cálculo de depreciação pode ajudar seu negócio?
É importante que o empresário conheça o funcionamento da taxa de depreciação de máquinas e equipamentos e como ela afeta negativamente as finanças da empresa, trazendo vantagens ao seu negócio e evitando diversos problemas.
Com a aquisição de equipamentos, o empresário precisa pensar nos custos e nos ganhos que obterá a longo prazo. Isso inclui o lucro obtido pelos serviços prestados, os custos com manutenção e o valor de revenda desses equipamentos.
O cálculo da depreciação irá ajudar não apenas na escolha do momento certo para a revenda do equipamento, mas também irá indicar a necessária capitalização para a obtenção de um maquinário mais moderno.
Isso é o que chamamos de investimento planejado: é possível saber quanto e quando deverá ser injetado mais capital no negócio.
Trata-se de uma ação muito benéfica à empresa, já que é possível a criação de um caixa que vise a existência de recursos financeiros no momento que seja necessário o investimento em novo maquinário, o que evita prejuízos à sustentabilidade do negócio.
Além disso, conhecer a taxa de depreciação de um ativo irá permitir que esse custo seja incluído em cada contrato. Criando um planejamento que irá diminuir as suas despesas no momento de comprar novos equipamentos no futuro, evita-se uma eventual descapitalização.
Deve-se ter em mente que é muito comum, após certo período, a venda dos equipamentos pelas empresas locadoras.
Isso é vantajoso quando é feito um cálculo do tempo de uso do maquinário e, depois desse período, a venda custeia uma parte significativa de compra de novo equipamento. Trata-se de estratégia fundamental para a manutenção de maquinário em boas condições e a renovação constante dos equipamentos.
Outros tipos de desvalorização e perdas de equipamentos
A desvalorização de um bem pode ocorrer também em decorrência de seu mau uso, fator muito presente na realidade de empresas locadoras. Portanto, é importante fornecer instruções claras de utilização do bem por meio do uso de manuais, os quais devem acompanhar os produtos a serem locados.
Preferencialmente, é recomendável que seja fixado em contrato de responsabilidade do cliente por eventuais danos ao produto durante o período de locação. Com isso, fica clara a sua obrigação de arcar com os custos ou fornecer novo equipamento caso seja necessária a sua substituição.
Outro ponto importante e que deve chamar a atenção de quem trabalha com a locação de maquinários e equipamentos é a ocorrência de fraudes e de apropriação indébita, um problema que assombra as empresas de locação de equipamentos no Brasil.
Diante disso, é essencial também o investimento em métodos que previnam a fraude e a perda de equipamentos. Dessa forma, consequentemente, evitam-se prejuízos à empresa, os quais geram desequilíbrio de caixa diante da necessidade de reposição do equipamento perdido.
Agora que você sabe da importância de calcular a depreciação de máquinas e equipamentos, que tal conhecer outro ponto de extrema relevância para a sua empresa? Não deixe de ler nosso artigo sobre sistemas antifraudes e aprenda como proteger o seu negócio de possíveis golpes.