Operações de concessão de crédito, em geral, são ações de confiança da empresa com seus clientes. Mas essa confiança tem um limite, claro! Uma maneira de determinar para quem conceder ou não crédito é apostar na análise dos 5 Cs do crédito.
Neste artigo, vamos entender quais são os 5 Cs do crédito, o que significa cada um deles e, por fim, determinar a importância de fazer uma análise completa de cada um deles na gestão de risco de crédito de uma empresa.
Quais são os 5 Cs do crédito?
Podemos enxergar os 5 Cs do crédito como um conjunto de aspectos que compõem o perfil do cliente que solicita crédito, seja pessoa física, seja jurídica. São eles: Caráter, Capacidade, Condições, Capital e Colateral.
Quando analisados, cada um desses aspectos retorna um volume de informações que ajudam a definir se um determinado cliente está ou não aprovado para receber crédito — ou seja, se é um “bom pagador”.
Vamos conhecer melhor cada um dos 5 Cs do crédito?
1º C — Caráter
Aqui, a sua história molda seu caráter. Em outras palavras, neste “C” faz-se o levantamento, de forma minuciosa, de todo o histórico de crédito, empréstimos e outras operações do tipo feitas pelo cliente.
O objetivo é determinar se prazos foram cumpridos, empréstimos foram quitados no tempo contratado originalmente e se houve dificuldades em alguma dessas operações com relação a esses quesitos.
No caso de empresas que não possuam histórico (por serem novas no mercado), a análise de crédito recai sobre os sócios e suas operações análogas, determinando se eles cumpriram seus respectivos contratos.
2º C — Capacidade
Diferente do Caráter, que define se o cliente voluntariamente honrou seus compromissos, o 2º C do crédito — a Capacidade — vai investigar se o contratante possui envergadura financeira para pagar seus créditos no tempo estipulado.
Assim, são objetos de análise o fluxo de caixa da empresa, bem como seus bens e ativos, seu tempo de atuação no mercado e possíveis alternativas para pagamento da dívida.
Também entram aqui os perfis dos sócios e suas respectivas capacidades (renda, bens, ativos), além de informações precisas de como o crédito será aplicado.
Para pessoas físicas, devem ser analisados comprovantes de pagamento, declarações de imposto de renda, aplicações, entre outras coisas.
3º C — Condições
Neste “C” são analisadas também informações sobre a empresa, mas desta vez o que importa são índices menos ligados ao fluxo financeiro e mais relacionados ao momento e ao segmento de mercado em que a organização se insere.
Geralmente, as questões analisadas giram em torno de tendências de ascensão ou queda do mercado, contexto de concorrência, além do histórico financeiro e das estratégias da empresa para um determinado tempo futuro.
Se favoráveis, essas condições indicam aumento de fluxo de caixa, o que sinaliza de forma positiva para a concessão de crédito. Caso contrário, não é hora de arriscar fornecer crédito.
As pessoas físicas também podem ser analisadas nessas condições, como o tempo em que estão no mesmo trabalho, indicando certa estabilidade, e se nada mudou nesse contexto.
Por exemplo: o empréstimo a alguém que acabou de perder o emprego deve ser visto de forma diferente de quem está estável em uma empresa).
4º C — Capital
Este é o “C” mais intuitivo, embora possa ser confundido com a Capacidade. A diferença aqui é que o Capital se refere ao patrimônio líquido da organização ou da pessoa e que pode ser investido, independente do crédito que está sendo pleiteado.
Entra nessa conta também os índices de rentabilidade do citado patrimônio, uma vez que essa informação é relevante para se determinar o potencial de investimento do cliente.
A ideia neste item é assegurar que o solicitante teria condições de investir mesmo sem o aporte de crédito. Um caso negativo aumenta o risco de inadimplência, que é algo que se busca evitar a todo custo com a análise dos 5 Cs do crédito.
5º C — Colateral
O último “C” de nossa lista é o Colateral, que se refere ao montante de garantias que a empresa ou a pessoa física pode dar em função do crédito a ser concedido — se aprovado.
Neste item, podemos considerar bens gerais e que podem ser liquidados no caso de não cumprimento dos deveres. Assim, aqui entram bens móveis e imóveis, contas bancárias, estoque de produtos, veículos e até mesmo contas a receber.
Se concedido o crédito e não honrados os pagamentos, a execução desses bens de garantia de crédito pode se dar na esfera judicial.
Qual é a importância dos 5 C’s do crédito?
Crédito não é algo fácil de se conseguir no mercado, pelo menos não sem que sejam aplicadas taxas de juros e prazos para viabilizar essas operações financeiras.
Para diminuir o risco de calote e prejuízo, as empresas se apoiam em regras rígidas que constam em suas políticas de crédito.
A análise dos 5 Cs do crédito é uma referência simples e confiável de mitigar as possibilidades de prejuízo e minimizar os que de fato acontecem.
Cada um dos “Cs” pode parecer um universo à parte e com informação suficiente para determinar os riscos de concessão de crédito, mas não se engane: é muito importante que todos os 5 Cs estejam bem mapeados!
Palavra do especialista: “No fluxo ideal, o cadastro positivo entra na etapa final da análise de crédito, fornecendo informações adicionais sobre a adimplência do consumidor, tornando o score mais saudável e baseado na capacidade de pagamento.” Hederson Albertini possui uma extensa experiência no mercado de crédito e na área de vendas. Ele é sócio-fundador e CEO da Assertiva Soluções e preside a Associação Nacional dos Birôs de Informação (ANBI). Fonte: Webinar – Cadastro positivo: como essa nova regra impacta meu negócio?
Vale a pena vender parcelado?
Vender parcelado pode ser uma excelente estratégia para aumentar as vendas, mas é preciso considerar alguns fatores.
Primeiro, o parcelamento facilita o acesso dos clientes aos produtos ou serviços. Muitas vezes, o valor total à vista pode ser um empecilho, e o parcelamento torna a compra mais viável.
No entanto, é importante avaliar o risco de inadimplência. Oferecer crédito sem uma análise adequada pode resultar em prejuízos. Aqui, os 5 C’s do crédito são fundamentais para minimizar esses riscos.
Além disso, o parcelamento pode aumentar a fidelização dos clientes. Oferecer opções de pagamento flexíveis demonstra que a empresa se preocupa com as necessidades do cliente, fortalecendo o relacionamento.
Por outro lado, é preciso considerar o custo financeiro do parcelamento. Juros e taxas podem impactar a lucratividade, por isso é essencial calcular se essa estratégia é vantajosa a longo prazo.
Em resumo, vender parcelado vale a pena se for feito com planejamento e análise cuidadosa. Usar os 5 C’s do crédito como guia pode ajudar a tomar decisões acertadas e garantir a saúde financeira da empresa.
Concluindo — mas com uma dica essencial!
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