Empresa com inadimplência 0 é algo praticamente utópico. Mas se for feita uma boa gestão de risco de crédito, esse índice pode diminuir muito e manter o caixa da organização saudável.
Essa gestão é um movimento dentro da empresa que deve ser feito com muito cuidado, observando sempre as questões de segurança e confiabilidade da operação.
Neste artigo, vamos procurar abordar conceitos, oferecer orientações e dar dicas valiosas!
O que é risco de crédito?
Se por “risco” entendermos como a chance de algo acontecer (bom ou ruim, certo ou errado), risco de crédito é a chance de que algo aconteça com a operação de crédito.
No caso, que ela dê errado — ou seja, que o cliente não honre com o pagamento do crédito que recebeu.
Esse risco, como acabamos de ver, pode resultar em prejuízo para a empresa que concedeu o crédito. É principalmente por este motivo que é tão importante prestar atenção a esse fator dentro da empresa.
De forma geral, o risco de crédito é um índice que leva em conta informações financeiras de quem terá o crédito, tanto pessoa física quanto jurídica.
Dentre tais informações, podemos citar eventuais inadimplências e atrasos no pagamento de contas, por exemplo.
Classificação de risco de crédito
Uma vez obtidas as informações e composto o risco de crédito, uma análise é feita para fins de classificação do risco entre primeira e segunda classe.
Riscos de primeira classe são aqueles cujo índice aponta para uma provável situação em que o tomador do crédito não pague suas dívidas, o que fatalmente resultaria em prejuízo para a empresa.
Nesses casos, o crédito seria negado — ou, em situações de negociação, a empresa concedente poderia exigir mais garantias, menores prazos e condições menos favoráveis para o cliente, por exemplo.
Já os riscos de segunda classe apontam para uma avaliação positiva da vida financeira do cliente, representando, assim, uma baixa probabilidade de que ele não honre com a dívida.
Clientes com créditos de segunda classe podem barganhar por melhores condições, como prazo estendido, menos garantias e limites de crédito maiores.
Palavra do especialista: “A função do vendedor é vender, enquanto o setor financeiro deve criar regras de outorga de crédito claras e seguir esses processos. A venda digital é um caminho sem volta, mas as empresas precisam se preparar para isso com regras de crédito atualizadas.” Rafael Garcia – especialista em estruturação de processos de vendas e cobrança. CEO e consultor na Vallut. Fonte: Videocast – A inadimplência aumentou.
Desafios para uma boa gestão de risco de crédito
Boa parte do processo é feito por meio de sistemas informatizados, com suas ferramentas e modelos.
Portanto, é nesses sistemas e em sua utilização que residem os principais desafios e gargalos de uma boa gestão de risco de crédito.
Elencamos abaixo alguns dos principais pontos de atenção:
Relatórios
Sistemas como os de análise de risco de crédito geram uma grande quantidade de dados, muitas vezes formatados em uma ou mais planilhas. Isso pode dificultar muito o trabalho de consolidação destes dados.
Um dos desafios desses processos é a formatação e parametrização em sistema de relatórios que sejam emitidos em formato claro, com classificação das informações e meios para que um dado específico seja facilmente encontrado.
Agilidade de processos
A natureza das operações que envolvem risco de crédito exige que as etapas aconteçam com agilidade.
Por isso, um gargalo importante nessa questão é o quanto sistemas são ou podem ser automatizados, para assim evitar trabalhos manuais e fatalmente demorados nas entregas.
Acesso aos dados
As informações que são analisadas para a obtenção dos índices de risco de crédito ficam armazenadas em locais que podem ter acesso dificultado.
Por isso, é importante cuidar para que o sistema seja desenhado de modo a tornar esse acesso fácil, constante e que retorne dados estruturados — mas apenas às pessoas autorizadas.
5 Cs do crédito
Já pontuamos aqui como é feita a análise do risco de crédito, em linhas gerais.
Esmiuçando um pouco mais essa questão, temos alguns valores que também norteiam todo o processo, com o objetivo de construir cada situação de concessão de forma mais detalhada e completa.
Tais valores são traduzidos nos 5 Cs do crédito, que são:
- Caráter: Reputação do cliente no meio financeiro (pessoa física ou jurídica), se cumpre prazos e paga contas em dia;
- Capacidade: Leva em consideração se o contratante tem condições de quitar a dívida, com base no fluxo de caixa (empresas) ou na remuneração mensal (pessoas físicas);
- Capital: Corresponde ao patrimônio líquido do contratante. Se for uma empresa, inclui inventário de bens dos sócios;
- Condições: Situação geral da empresa com relação ao seu potencial de crescimento, bem como da saúde do segmento de mercado em que atua;
- Colateral: As garantias dadas pelo crédito concedido. Aqui podem constar bens móveis, imóveis, e ativos em geral.
Boas práticas da gestão de risco de crédito
A gestão do risco de crédito é um processo que leva em conta um universo de aspectos, conceitos e práticas, como já pudemos perceber. Mas o que mais podemos levar em consideração, além dos já citados 5 Cs do crédito?
A seguir, listamos algumas boas práticas que toda empresa que vende ou concede crédito deve seguir:
1. Classificação de perfis de clientes
Clientes com determinados perfis financeiros devem ser classificados conforme sua propensão a atrasar pagamentos ou deixar de quitar seus débitos.
Riscos de primeira e segunda classe são um bom começo de classificação, que pode incluir outros aspectos.
Monitoramento e atualização das regras de crédito
Mudanças de mercado e de comportamento de compra tendem a pedir alterações também nas políticas de concessão de crédito.
Monitore o mercado financeiro, esteja sempre bem atento a essas demandas e não hesite em atualizar as regras!
Automação das análises de crédito
O processo de análise de risco de crédito é complexo e possui muitas variáveis — apesar disso, pode ser bastante agilizado quando se utiliza um software de automação para essas análises.
Como fazer análise de crédito para reduzir o risco?
Já que estamos falando de automação, agilização e utilização de sistemas, que tal partirmos para uma das maneiras mais seguras e inteligentes de análise de risco de crédito que temos hoje disponível no mercado?
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