Toda empreitada é uma aposta da qual decorre certo risco, e disso não podemos escapar. Apesar disto, podemos conhecê-los, entendê-los e, principalmente, tomar ações que nos ajudem na mitigação dos riscos.
Em paralelo, o termo “risco” se refere a uma variedade considerável de modalidades, cada uma com suas particularidades, consequências e possíveis ângulos de abordagem.
Além dos conceitos gerais e definições sobre essas variedades, mostraremos aqui a importância de se analisar riscos e um passo a passo sobre como implantar a mitigação de riscos em sua empresa.
O que é a mitigação de riscos?
Por “mitigar” podemos entender algo como “diminuir” ou “aliviar”. Assim, de maneira geral, o conceito de mitigação de riscos está ligado ao ato de diminuir a incidência de riscos e aliviar suas consequências.
Agir de forma a mitigar algo como um tipo de risco requer um fator importante: que se conheça muito bem o objeto em que se atua. Ou seja, para mitigar riscos é necessário conhecer quais são esses riscos, suas origens, desdobramentos e também suas consequências quando acontecem.
Conhecer os riscos permite uma série de ações estratégicas. Pode-se, por exemplo, fazer com que suas consequências não sejam danosas (ou, pelo menos, de efeito reduzido). Ou então adotar linha de trabalho que permita agir de forma ágil quando da ocorrência do risco.
O que são riscos empresariais?
No âmbito das empresas, os riscos estão ligados de forma íntima a tudo o que envolve a operação econômica da organização, tanto de forma genérica (comum a todas as empresas), quanto de forma específica, relacionados à natureza da operação.
Mitigar esses riscos é parte fundamental da vida de uma empresa, pois disto depende as suas possibilidade de operar com saúde financeira e oferecer ao público seus produtos e serviços da melhor maneira possível.
Os riscos aos quais uma empresa está sujeita podem ser divididos em alguns tipos, relacionados sempre a algum aspecto da realidade organizacional. Cada um desses tipos deve ser analisado e remediado de maneiras diferentes. Vamos conhecê-los?
Quais os diferentes tipos de riscos empresariais?
Tipos de riscos empresariais são nada mais do que os principais aspectos que regem a vida de uma organização. Abordaremos cada um destes tipos, com orientações sobre como agir para sua mitigação.
Risco fiscal
O risco fiscal se relaciona a todo tipo de recolhimento de impostos e tributos aos quais a operação da empresa está sujeita.
Incluem-se aqui tanto os impostos que toda empresa deve recolher quanto aqueles inerentes à atividade específica que a empresa desempenha.
Assim, trata-se de um risco universal, do qual nenhuma empresa escapa, sendo constantemente cobrada e auditada por entidades externas e possivelmente internas.
A melhor maneira de mitigar riscos fiscais é manter controle de todas as operações de natureza tributária dentro da empresa. Para isso, é preciso organizar documentos, cumprir prazos e se atentar a todos os impostos que incidem em suas operações.
Riscos regulatórios
Toda empresa deve estar em conformidade também com o rol de leis que regem suas atividades. Certificação e adequação de produtos e serviços perante os órgãos reguladores, por exemplo, é um dos itens a serem observados neste tipo de risco.
Outros exemplos incluem a legislação trabalhista e a recente LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), que determina a proteção dos dados pessoais do cliente. Não existe outra maneira de mitigar riscos regulatórios que não seja conhecer e cumprir todas as leis.
Riscos financeiros
Patrimônio, recursos em caixa, investimentos e valores a receber são ativos de uma organização que podem oscilar de acordo com diversos fatores externos. Este tipo de incerteza é o que gera o temido risco financeiro para a empresa.
Aqui, o importante é manter o controle das operações financeiras em todos os níveis, com o objetivo de evitar sangramentos, superfaturamento e até mesmo ingerência nos gastos.
Riscos estratégicos
Os riscos estratégicos têm base em fatores externos, como situação econômica, política e social; e internos, que se referem a leituras potencialmente equivocadas por parte de quem toma as decisões.
A mitigação desse tipo de risco parte da quantidade e qualidade da informação obtida pela equipe responsável pela estratégia, bem como da experiência e capacidade de análise da mesma. Mas, como sabemos bem, a imprevisibilidade pode ser um fator de potencialização desse risco.
Riscos operacionais
Processos são o grande gargalo de muitas empresas, se não da maioria delas. Falha em sistemas, no site, no setor de entregas e de armazenamento, falta de comunicação e problemas de relacionamento, além de processos improvisados são os principais fatores deste tipo de risco.
O mapeamento dos processos e das pessoas envolvidas são fundamentais para diminuir ou extinguir esse tipo de ocorrência, sempre com vistas a melhorar e simplificar a operação.
Riscos cibernéticos
Se a sua empresa não está presente no mundo digital e conectado, pare agora de ler este artigo e vá cuidar disso. É o seu principal risco neste momento!
Caso contrário, é bem provável que sua empresa tenha um site e perfis nas principais redes sociais. E o risco aqui é grande. Dentre as principais vulnerabilidades estão invasão, vazamento de informações da empresa e dos clientes, sequestro dos perfis das redes sociais, entre muitos outros.
Se a operação principal depende da conexão, os prejuízos podem ser muito grandes. Por isso, o melhor a se fazer para mitigar estes riscos é manter sistemas com dispositivos de segurança da informação sempre revisados e atualizados.
Riscos ambientais
Este tipo de risco poderia fazer parte dos riscos regulatórios, pois são as leis que obrigam as empresas a operarem em conformidade com preceitos ambientais. Porém, não fosse a obrigatoriedade das leis, pouco seria feito pelas organizações em relação a este risco.
Vale destacar que toda operação que visa lucro tem impacto ambiental e social, gerando risco direto para o público com vulnerabilidade. E cabe às companhias arcar com esta responsabilidade.
Riscos de conformidade
Também similar ao risco regulatório, aqui a questão é um pouco mais ampla e de característica interna. Trata-se do risco de não se adequar às políticas de compliance da organização.
Cada empresa possui programas de compliance distintos, com focos específicos. Porém, o direcionamento é o mesmo: estar sempre em conformidade com regras e padrões internos e externos.
Os riscos aqui envolvidos são de diferentes naturezas, o que inclui os já falados riscos de não adequação à legislação vigente, bem como o de desalinhamento com os conceitos professados pela organização, o que pode manchar a imagem da empresa perante consumidores, parceiros e fornecedores.
O passo a passo para a mitigação de riscos
Depois de abordarmos cada um dos tipos de riscos, vem a pergunta: como fazer para implantar um processo desse tipo em minha empresa?
Pensando nesta pergunta e concentrados na resposta, elaboramos uma lista de passos que podem ajudar você nessa empreitada. Acompanhe!
Passo 1: Mapeamento dos riscos
A primeira coisa a ser feita é realizar um estudo intensivo de todos os processos e pessoas envolvidas em todas as atividades desempenhadas pela empresa. Aqui entra tudo: desde as atividades-fim até as administrativas, financeiras e outras. Neste desenho devem emergir os pontos de gargalo: estes são os riscos.
Passo 2: Definição das estratégias
A partir do mapeamento, são desenvolvidas estratégias para cada risco. Entre essas estratégias estão os tipos de abordagem. Por exemplo, determinado risco pode ser assumido, enquanto outros podem ser transferidos a terceiros (empresas parceiras), aniquilados ou reduzidos, a depender do tipo de ação.
Passo 3: Estabelecimento de níveis de prioridade para cada risco
Outro aspecto importante que emergirá do mapeamento é o quanto cada risco determina sua imediata abordagem ou não. Assim, deve-se elencar quais riscos têm prioridade de tratamento e quais podem ser estudados em um segundo momento.
Passo 4: Criação de um plano de ação
O plano de ação é a consolidação do que foi estabelecido até aqui. Ou seja: diante dos riscos, de cada estratégia e de cada prioridade, o que deverá ser feito? Aqui entram implantação de projetos, novos processos, contratação de novos profissionais, dentre muitas outras medidas possíveis.
Passo 5: Acompanhamento de resultados
Mitigação de riscos é um processo que requer acompanhamento dos resultados. Afinal, de que adianta promover essas diversas ações, que mobilizam pessoas e recursos, se as consequências dos riscos não estão sendo monitoradas e podem comprometer o desempenho da empresa?
Mitigação de riscos com sistema antifraude
Riscos de fraude podem estar incorporados em diversos dos tipos que vimos descritos neste artigo. São dos mais prejudiciais a qualquer empresa, pois envolvem não apenas irregularidades comparáveis a crimes, como também prejuízos financeiros.
Por isso, te convidamos saber mais sobre sistemas antifraude que ajudam a proteger a sua empresa contra este tipo de ocorrência! Ah, e não se esqueça de compartilhar com seus contatos!