Cada vez mais, ouvimos falar de ataques cibernéticos mais qualificados e complexos, causando bilhões em danos anualmente a empresas de diversos ramos, e um dos responsáveis por essa especialização é a chamada Engenharia Social. Só em 2021, os pagamentos por resgates de dados aumentaram em 78%, conforme pesquisa da Unit.
Independentemente do tamanho do ataque cibernético, seja ele planejado para um crime simples ou mais sofisticado, a Engenharia Social possui um papel de extrema relevância. Pode ser que a sua empresa esteja, neste momento, vulnerável a investidas criminosas.
Por esse motivo, é importante que os negócios, não importa quais os seus tamanhos e os seus segmentos, busquem compreender o assunto para se tornarem mais fortalecidos contra golpes.
O que é a Engenharia Social?
Engenharia Social é uma prática baseada na manipulação psicológica que objetiva extrair da vítima uma ação planejada, ou seja, tem como fim induzir o alvo a fazer aquilo que se deseja que ele faça.
Essas fraudes podem ocorrer no meio físico, mas é no meio digital que elas encontram um campo de atuação com maior impacto econômico.
Nesse sentido, a Engenharia Social é utilizada para obter informações, como dados confidenciais dos usuários, ou para induzi-los a infectar seus próprios computadores.
Isso se dá por meio de malwares, de modo que os usuários, por exemplo, ao acessarem um link enviado por e-mail, podem ter seus dados roubados.
O que não se pode esquecer é que a Engenharia Social sempre age por meio de técnicas de manipulação psicológica do usuário.
Como funciona a Engenharia Social?
Normalmente, a Engenharia Social funciona por meio da interação humana, uma vez que o criminoso irá agir diretamente com a vítima.
O Engenheiro Social sabe que boa parte das pessoas está ciente dos protocolos de segurança, especialmente com a digitalização de tantos processos. Contudo, tem ciência que, mesmo com tantos alertas, alguns inexperientes são mais suscetíveis a golpes e, por isso, investe na extensão das abordagens.
Esse tipo de tática criminosa é insistente e extensa: são encaminhadas dezenas de mensagens diariamente ao maior número de pessoas possível. Com isso, espera-se que o total de vítimas seja o maior possível.
Não se pode ignorar também as táticas interpessoais e persuasivas daqueles que agem como Engenheiros Sociais.
Em geral, são pessoas comunicativas, simpáticas e que inspiram confiança. Não poderia ser diferente, afinal, são elas que incentivam as pessoas a não seguirem com procedimentos de segurança básicos, como a não divulgação de informações sensíveis.
Deve-se ter em mente que somos todos seres humanos e, portanto, suscetíveis a fraquezas e a erros. Mirando nessa característica tão genuína, a Engenharia Social estuda padrões e comportamentos, tudo com o fim de elaborar os melhores métodos de prática de golpes.
Quais os tipos de ataques de Engenharia Social?
São diversos os tipos de ataques perpetrados por esses criminosos, sendo que os mais comuns são:
Phishing
Esse é um dos tipos de ataques de Engenharia Social que se aproveita da boa fama de outras marcas. Os golpistas se passam por instituições confiáveis, copiando formatos de e-mail, mensagens e abordagens.
Quando se dá por meio de mensagem SMS, ganha o nome de smishing, ao passo que a nomenclatura vishing é dada aos golpes por telefone. É crucial destacar que esses são meios de contato que, geralmente, são vistos como mais seguros, mas isso é uma ilusão.
Isca
Como o próprio nome diz, trata-se de uma isca, uma forma de pregar uma peça na vítima, que pode ter consequências das mais leves às mais sérias. Um exemplo é abandonar um pen-drive USB carregado com malware e aguardar que alguém, curioso, conecte em seu computador.
Muitas vezes, o Engenheiro Social não deseja prejudicar a vida da pessoa, querendo apenas divertir-se. Contudo, em outras ocasiões os resultados do golpe podem ser graves, como o comprometimento permanente do sistema da vítima.
Cultivo
Neste caso, o que deseja o criminoso é a obtenção de informações pessoais por meio do cultivo de uma relação mais íntima com a vítima. Alguns golpistas chegam a fingir que estão apaixonados, tudo com a intenção de roubar dados.
Com a proliferação de tantas redes sociais, não é de se espantar que esse tipo de ataque seja tão comum, afinal, a comunicação nunca foi tão facilitada.
O fato é que a Engenharia Social é uma realidade e um problema que afeta toda a sociedade. Isso inclui tanto pessoas físicas, quanto empresas, principalmente aquelas mais vulneráveis, razão pela qual os negócios devem se proteger contra isso.
Qual é a brecha que aumenta a vulnerabilidade da empresa?
Ao contrário dos vírus, que buscam por falhas no sistema, a Engenharia Social foca na vulnerabilidade humana para que a empresa seja instigada a fornecer informações.
Nunca se esqueça que o Engenheiro Social não vai usar da força física ou de invasão de sistemas para roubar dados do seu negócio. Vai ser, reitere-se, a fragilidade humana a responsável pela exposição de dados que deveriam ser resguardados.
Os golpistas são pessoas cativantes e difíceis de serem identificadas. Portanto, é essencial que o seu negócio, em suma:
- Tenha um padrão de organização interna;
- Invista em uma cultura antifraude, tanto por meio de ferramentas, bem como pelo treinamento dos colaboradores;
- Evite a exposição desnecessária de dados pessoais, não importa qual o formato.
Os Engenheiros Sociais são observadores e assertivos, ou seja, sabem exatamente quais dados são cruciais e o que devem fazer para obtê-los. Não tenha dúvidas de que todo o cuidado é pouco.
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Como as empresas podem se proteger?
Diante das ameaças da Engenharia Social, é evidente que o seu negócio deve investir em alguns sistemas de segurança da informação para evitar prejuízos.
O primeiro passo para se proteger contra a Engenharia Social é investir na educação de colaboradores e fornecedores. Certifique-se que todos estão sempre em estado de vigilância, afinal, é bem comum que os criminosos se passem por pessoas confiáveis, como autoridades e fiscais.
Além disso, outra ação importante é evitar, ao máximo, o compartilhamento de dados da empresa. Os Engenheiros Sociais sabem exatamente quais dados precisam e, portanto, a partir de uma simples informação, todo o negócio pode ser colocado em risco.
Uma ação indispensável para blindar a sua empresa é investir em soluções de autenticação de identidade. Isso quer dizer que a sua empresa precisa ter meios de confirmar que a pessoa é quem realmente diz ser.
Por meio disso, além de evitar os golpes em si, os criminosos perceberão, de imediato, que o seu negócio oferece barreiras que, talvez, não valha a pena enfrentar. Com isso, boa parte dos estelionatários se sentirá intimidada e desistirá do golpe mesmo antes de tentar aplicá-lo.
A tecnologia é a resposta para a implementação de soluções digitais que garantam a segurança da informação na sua empresa. Com várias opções de ferramentas, as quais são acessíveis a todos os tipos e tamanhos de empresa, o seu negócio, certamente, ficará menos vulnerável.
Este artigo te ajudou a mensurar a gravidade do tema? Se você acredita que a Engenharia Social é uma ameaça ao seu negócio e gostaria de entender mais sobre sistemas antifraude, está no caminho certo.
Para saber mais sobre ferramentas protetivas, recomendamos a leitura do nosso artigo sobre como os sistemas antifraudes resguardam as empresas.