Os anos de 2020 e de 2021 foram marcados por uma grande migração dos serviços para o meio digital, aumentando, também, o número de compras online. Juntamente a esse movimento, o que se viu foi o crescimento vertiginoso no número de fraudes financeiras.
Para se ter uma ideia, de acordo com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), o número de golpes contra clientes bancários sofreu um aumento de 165% no primeiro semestre de 2021 em comparação com o mesmo período de 2020.
Diante desse cenário alarmante, procurar por mecanismos que protejam os dados de sua empresa, de seus clientes e de seus fornecedores contra os mais diversos tipos de fraudes pode garantir a prevenção de perdas financeiras significativas.
Pensando nisso, escrevemos este artigo no qual você irá conhecer as principais fraudes financeiras existentes, bem como aprender a evitá-las.
O que é fraude financeira?
A fraude financeira pode ser entendida como qualquer ação irregular, desonesta ou ilegal praticada com a intenção de cometer uma infração de natureza econômica.
De acordo com pesquisa realizada pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), em parceria com o Sebrae, 6 em cada 10 brasileiros foram vítimas de algum tipo de fraude financeira nos últimos 12 meses.
Esse tipo de fraude costuma ser mais elaborado, pois é necessário convencer a vítima de que está realizando um bom negócio ou de que terá retornos incríveis com seu investimento.
Ela ocorre de inúmeras maneiras, desde a clonagem de cartão de crédito ou de débito, ao não recebimento de um produto ou serviço adquirido. Entretanto, existem outros tipos de fraudes dessa natureza.
Conheça as principais fraudes financeiras
É importante conhecer os tipos de fraudes financeiras existentes a fim de ter maiores possibilidades de evitar de se tornar uma vítima de golpistas. Vejamos alguns deles:
Roubo de dados – crimes cibernéticos
Ocorre normalmente com o acesso a sites falsos, criados por fraudadores com informações basicamente idênticas às do site original, com o objetivo de obter as senhas do usuário, números de documentos, entre outras informações pessoais.
Clonagem de cartão de crédito de clientes
Como hoje a maioria dos cartões possui chip, os golpistas passaram a usar a internet, agindo por meio de sites ou aplicativos. Embora o chip possa dificultar, ele não é capaz de impedir a fraude.
Ao utilizar sites de compras falsos e aplicativos que possuem cobrança interna ou acessar o link de um e-mail malicioso, os fraudadores também podem obter os dados essenciais da vítima, como nome, data de validade e código de segurança.
Portanto, para diminuir as chances de se tornar uma vítima, busque sempre utilizar conexões de internet seguras, com senhas de acesso fortes. Analise sempre com cuidado os URLs e os e-mails e nunca deixe informações de seus cartões armazenadas no navegador.
Mas do lado das empresas também é importante se atentar: a permissão da entrada de clientes fraudulentos, mesmo por meio de cartão, pode gerar prejuízos com o chargeback.
Boletos falsificados
Muito comum, ocorre por intermédio da adulteração do código de barras de um documento original, sendo enviado para a vítima por páginas e links falsos. É um tipo de fraude documental.
Dessa forma, o cliente permanece com o boleto original em aberto, dificilmente tendo restituição dos valores pagos. Do lado da empresa, existe o risco de ter de arcar com a inadimplência, pois o cliente, por vezes, não possui dinheiro para pagar novamente ou, ainda, pode se recusar a fazê-lo.
Autofraude
Ocorre quando o próprio dono do cartão de crédito — ou alguém próximo a ele — realiza uma compra e, posteriormente, solicita o estorno na fatura, alegando o não recebimento do produto ou a não realização daquela compra.
Nesse tipo de fraude, a empresa é duplamente prejudicada, já que dispõe da mercadoria ou do serviço e, ainda, sofre o prejuízo do cancelamento da compra pelo consumidor junto à instituição de crédito.
Daí a importância de mecanismos de validação de identidade, como a biometria facial, para ter evidência contra esse possível golpe.
Financiamento com documentos falsos
Essa é uma das fraudes financeiras que prejudica tanto a empresa quanto o consumidor. Há uma fraude de identidade, ou seja, são roubados dados e feitos documentos em nome da vítima. Com isso, os fraudadores firmam os mais diversos tipos de contratos — inclusive financiamentos — em nome alheio.
Nessa fraude, além da pessoa física, as empresas também são prejudicadas, visto que, dificilmente, os criminosos cumprirão com as obrigações contratuais. Em ocorrendo isso, os negócios não poderão cobrar das vítimas, que também caíram no golpe.
Comprovantes de depósitos falsificados
Neste caso, o consumidor apresenta um comprovante de depósito falsificado ou cujo valor não será compensado (com, por exemplo, depósito de envelope vazio). Com isso, a empresa pode acabar por entregar a mercadoria ou por prestar o serviço sem que haja contraprestação.
O fraudador também pode apresentar um comprovante falso, alegando ter, erroneamente, feito um depósito em favor da empresa. Em seguida, o valor será restituído, contudo, a quantia reivindicada não será creditada.
Custo das fraudes para empresas
Um relatório elaborado em 2019 pela LexisNexis Risk Solutions aponta que, no Brasil, o custo que um comerciante tem com cada fraude sofrida é de 3,86 vezes o valor da operação original.
Essas despesas envolvem taxas, juros, penalidades, honorários advocatícios e investimentos em tecnologias de prevenção à fraude. Em alguns casos, a contratação de mão de obra para investigar e recuperar os valores perdidos em golpes.
Não há dúvida, portanto, que a prosperidade de um negócio está atrelada ao investimento em soluções que mitiguem os riscos e, assim, diminuam os custos com as fraudes.
Como evitar a fraude financeira
A sua empresa precisa investir em soluções de prevenção à fraude para melhorar seus resultados e construir uma boa imagem. A resposta para evitar práticas fraudulentas está na tecnologia.
Apostando em ferramentas tecnológicas, o seu negócio reduzirá seus custos de operação e investirá em procedimentos mais atentos à segurança. Busque por soluções que ofereçam validação de identidade, aceite digital de contratos, ferramentas de identificação de fraudes, entre outros.
Com a leitura deste artigo, certamente foi possível perceber como é fundamental proteger a sua empresa contra fraudes financeiras.
Caso queira aumentar seus conhecimentos, sugerimos que leia o artigo “Sistema antifraude: como proteger a sua empresa”, que conta com mais informações sobre o tema.